A associação Juventude Marial Vicentina é o fruto de um desejo revelado por Maria em 1830 a Catarina Labouré, filha da caridade.
Tendo sido iniciados em Paris, nos colégios internos das filhas da caridade com o objectivo de ajudar a Juventude, o movimento foi crescendo e em 1847, 17 anos após o pedido de Nossa Senhora o Papa Pio IX reconheceu o esforço que se vinha a fazer e aprovou a associação com o nome de Associação da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem.
O movimento foi crescendo dentro de França e fora desta, levado pelas filhas da Caridade e pelos padres Vicentinos espalhados pelo mundo e existe hoje nos 5 continentes.
JMV é um modo de ser cristão hoje, na Igreja rejuvenescida e enriquecida pela diversidade dos carismas que o Espírito Santo vai suscitando através dos tempos.
O nosso objectivo é:Educar na Fé e na vida de oração os seus membros; suscitar o espírito missionário e o apostolado em favor dos Pobres, vítimas da pobreza espiritual e material especialmente jovens; preparar os membros para colaborarem no seio da Igreja e da sociedade com os agentes da pastoral; trabalhar na promoção dos seus associados e na ajuda à melhoria da sociedade.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


                                                                         
Muitas vezes, sozinho, eu me pergunto:
Pra que tanta riqueza, se depois
que o caixão encostar e couber dois,
o amigo melhor não quer ir junto?
Pra que cara fragrância, se o defunto
não exige perfume da “natura”?
Mesmo a alma é cheirosa quando é pura,
mas o cheiro do corpo ainda enjoa.
Pra que tanta riqueza, se a pessoa
nada leva daqui pra sepultura?

Pra que casa cercada por muralha,
se a cova é cercada pelo pranto?
Se pra Deus todos têm do mesmo tanto,
tanto faz a fortuna ou a migalha.
Pra que roupa de marca se a mortalha
não requer estilista na costura,
se o cadáver que a veste não procura
nem saber se a costura ficou boa?
Pra que tanta riqueza, se a pessoa
nada leva daqui pra sepultura?

Pra que eu me esconder detrás de um pão,
se a miséria não bate em minha porta?
Pra que eu me cansar regando horta,
se amanhã ou depois já é verão?
Pra que eu confiar no coração,
sem saber quanto tempo a vida dura?
Se as feridas da alma não têm cura,
quando é a ganância que as magoa?
Pra que tanta riqueza, se a pessoa
nada leva daqui pra sepultura?

Não sou dono de ônibus nem de trem,
mas enquanto eu puder me locomovo.
pra que eu invejar um carro novo,
se o transporte final nem rodas tem?
Nem me avisa dizendo quando vem,
mas só anda na minha captura
e bem abaixo da sua cobertura,
ele tem quatro asas, mas não voa.
Pra que tanta riqueza, se a pessoa
nada leva daqui pra sepultura?

Pra que eu toda hora dar balanço
no que eu tenho ou andar atrás de bingo?
Pra que tanta hora extra no domingo,
se Deus fez esse dia pro descanso?
Pra que eu trabalhar feito um boi manso,
se a chibata do dono me tortura?
Pra que eu reclamar de minha altura,
se o que a mão não alcança, Deus me doa?
Pra que tanta riqueza, se a pessoa
nada leva daqui pra sepultura?

Pra que eu com dois olhos na barriga,
se os da cara já são suficientes?
Pra que eu invejar os meus parentes,
Se eu já sei que o retorno é uma intriga?
A formiga que evita ser formiga
cria asas, se torna tanajura,
cresce a bunda demais, cria gordura,
fica muito pesada e cai à toa.
Pra que tanta riqueza, se a pessoa
nada leva daqui pra sepultura?

Zé Adalberto Ferreira
Itapetim - PE

Nenhum comentário:

Postar um comentário